sábado, 28 de novembro de 2009

IBM faz computador com "cérebro de gato"





IBM faz computador que pensa como um gato
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
O texto foi publicado originalmente no site Yahoo Notícias.


Cientistas afirmam ter feito uma descoberta revolucionária na sua busca por computadores que “pensem” como o cérebro de um ser vivo – uma iniciativa que testa os limites da tecnologia. Até os supercomputadores mais poderosos do mundo se mostram incapazes de reproduzir aspectos básicos da mente humana. As máquinas não conseguem imaginar uma parede pintada com cores diferentes, por exemplo, ou associar um rosto humano à expressão de uma emoção.

Se os pesquisadores forem capazes de fazer os computadores operarem de forma semelhante ao funcionamento do cérebro – por meio do raciocínio e das abstrações, entre outros recursos -, eles poderiam desencadear uma série de descobertas revolucionárias em campos tão diversos quanto, por exemplo, a medicina e a economia.

Um computador com o poder de um cérebro humano ainda não está ao alcance. Mas, na semana passada, pesquisadores da IBM Corp. relataram ter simulado o córtex cerebral (a parte pensante do cérebro) de um gato utilizando um supercomputador. O computador possui 147.456 processadores (a maioria dos PCs modernos conta com apenas um ou dois processadores) e 144 terabytes de memória – 100 mil vezes a memória de um computador comum.

Os cientistas já haviam simulado 40% do cérebro de um rato em 2006, o cérebro completo de um rato em 2007, e 1% do córtex cerebral humano este ano, empregando supercomputadores cada vez maiores. O feito mais recente, apresentado numa conferência sobre supercomputação realizada em Portland, Oregon, não significa que o computador pensa como um gato, e nem que ele seja o precursor de uma raça de felinos robóticos.

FORMAÇÃO DO PENSAMENTO

A simulação, que funciona a uma velocidade 100 vezes inferior àquela do cérebro de um gato verdadeiro, enfoca principalmente a análise de como são formados os pensamentos no cérebro e o funcionamento em conjunto dos cerca de 1 bilhão de neurônios e 10 trilhões de sinapses do cérebro de um gato.

Os pesquisadores criaram um programa que ensinou ao supercomputador como se comportar de maneira a imitar o modelo proposto para o funcionamento do cérebro. Foram mostradas ao computador imagens de logotipos corporativos, entre eles o da IBM, e os cientistas observaram enquanto partes diferentes do cérebro simulado trabalhavam em conjunto para determinar o que seria cada imagem.

Dharmendra Modha, diretor de computação cognitiva da divisão de pesquisas da IBM e principal autor do estudo, chamou o experimento de “simulação numa escala verdadeiramente sem precedentes”. Pesquisadores da Universidade Stanford e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley também participaram do projeto.

Modha diz que a pesquisa pode levar a computadores menos dependentes de dados “estruturados”, como na fórmula 2 mais 2 igual a 4, demonstrando maior capacidade de lidar com ambiguidades. É possível que tais computadores aprendam a incorporar em suas decisões sentidos como a visão, o tato ou a audição.

Este desenvolvimento seria importante para a IBM porque a empresa está comercializando serviços para um “planeta mais inteligente”, que fazem uso de sensores digitais para monitorar o clima e o tráfego, por exemplo, transmitindo esses dados a computadores dos quais se espera que façam algo com esta informação, como prever um Tsunami ou detectar acidentes nas pistas expressas. Outras empresas poderiam usar a “computação cognitiva” para administrar grandes volumes de informação com mais eficácia.

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